terça-feira, 1 de novembro de 2011

Ações diretas frente aos Acidentes do Trabalho e Doenças Ocupacionais

Olá Pessoal,

            No final do mês de outubro, tive o prazer de presenciar as palestras ministradas no Seminário de Prevenção de Acidentes do Trabalho, realizadas pelo TST, onde foram abordados temas de altíssima relevância no mundo jurídico, relacionados diretamente com Acidentes do Trabalho e Doenças Ocupacionais.

            O crescimento vertical dos Acidentes do Trabalho e Doenças Ocupacionais, tem feito com que o Executivo, Legislativo e Judiciário se unam no sentido de combater este mal existente no dia a dia das empresas e, principalmente, das famílias.

            Para se ter uma ideia, em 2009, sete trabalhadores morriam por dia e outros 36 ficavam inválidos de forma permanente por causa de Acidentes de Trabalho. Naquele ano, o Brasil ocupou o quarto lugar mundial em números de acidente de trabalho, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT).  Grande porcentagem desses Acidentes está dentro da Construção Civil.

            De acordo com números ainda não consolidados oficialmente, o cenário atual não mudou e teríamos atingido, até 30 de setembro de 2011, 516.963 acidentes de trabalho, com o registro de 2.082 mortes, conforme dados divulgados nas palestras.

            Apesar de altos, os números apresentados não retratam a verdadeira dimensão do fenômeno. Isto porque não são inclusos os acidentes com trabalhadores informais, as sub-notificações por empresas que se recusam a declarar os acidentes de seus empregados como de trabalho, não emitindo as devidas CAT’s em inúmeras situações, no receio de não aumentar sua alíquota FAP, além dos que ocorrem nos serviços público e militar.

Além de perda de vidas humanas e dos dolorosos efeitos decorrentes, os acidentes e doenças do trabalho, causam relevante impacto orçamentário: a Previdência Social despende anualmente aproximadamente R$ 10,7 bilhões com o pagamento de auxílio-doença, auxílio-acidente e aposentadorias. Além também, da desestruturação familiar que aumenta consideravelmente as consequências para o governo e a sociedade, dentre as quais, acaba absorvendo esse desequilíbrio.

Nesse contexto, o governo está impondo Campanhas e Ações com a conjunção de esforços entre os poderes Judiciário e Executivo, com vistas à implantação de uma política nacional permanente, direcionada á prevenção de acidentes de trabalho no Brasil.

            A intenção do seminário foi de reunir informações úteis e difundir conhecimentos que contribuam para a conscientização e a reeducação de patrões e empregados na criação de medidas preventivas concretas.

            Uma visão que ainda muitos empresários latinos não têm é que evitar acidente custa muito menos do que indenizar e substituir o trabalhador acidentado. Cada centavo aplicado em gestão de risco retorna aquecido com o lucro da prestação de serviço de forma produtiva e comprometida. Empregado seguro trabalha mais e melhor. Aos empregados, por sua vez, cabe o compromisso acerca das suas obrigações legais de cumprir as normas de segurança no trabalho.

            O evento abordou causas, repercussões e prevenção efetiva de acidentes de trabalho, além de expor experiências e políticas de prevenção, com vistas a diminuir o elevado número de acidentes relacionados ao trabalho que ocorrem anualmente no País.

            É importante frisar a importância da Gestão do Risco Ocupacional dentro das empresas com um único objetivo: Saúde e Segurança dos Trabalhadores. Equipe multidisciplinar envolvendo médicos, dentistas, engenheiros, fisioterapeutas, enfermeiros, advogados, discutindo e buscando soluções conjuntas. 

O êxito dessas campanhas e ações, entretanto, pressupõe a permanente participação da empresa, sindicatos, associações e demais entidades das sociedades civis que militam no combate aos riscos inerentes ao trabalho e na defesa das normas de segurança e saúde do trabalhador.

Urgentemente se faz necessário que órgãos, instituições públicas e privadas tornem-se parceiras no combate dos Acidentes de Trabalho e Doenças Ocupacionais, unindo forças com a Justiça do Trabalho para a prevenção da dignidade do ambiente laboral.

Portanto, colaboradores e prestadores de serviço, atentem-se em suas obrigações, pois a minimização dos acidentes de trabalho e doenças ocupacionais está em nossas mãos, na consciência que devemos implantar nos empresários que nos remuneram.

 Fica o alerta, pois as repercussões com tal inobservância tem sido nefastas, ao ponto de fechar muitos estabelecimentos.

 Abraços a todos, bons estudos e excelentes resultados!!!



Junior