sexta-feira, 15 de abril de 2011

Trabalho sob pressão é a 2ª maior causa dos afastamentos

Olá pessoal,
Os transtornos mentais atribuídos ao sofrimento no trabalho são a segunda causa de afastamentos temporários no país provocados por problemas de saúde, segundo um levantamento feito junto ao Ministério da Previdência Social. A pressão no ambiente corporativo e a jornada sobrecarregada são alguns fatores que contribuem para esse adoecimento.
No ranking das principais doenças que afetam os trabalhadores brasileiros, com base nos dados referentes ao biênio 2008-2009, os problemas psicológicos perdem apenas para as lesões osteomusculares, como é o caso da Lesão por Esforço Repetitivo (LER). Depressão e estresse aparecem entre os distúrbios mentais mais comuns do meio corporativo.
Isso não é só, pois, além da pressão e do excesso de trabalho, a dificuldade de promoção, falta de autonomia e identificação com a chefia são alguns outros motivos que tem levado os profissionais a se afastarem do serviço.
Esse tema me fez refletir acerca do poder de mando dos empregadores, onde o abuso por cumprimento de tarefas, a falta de respeito com o colaborador, a ausência de autonomia no trabalho, faz com que este se sinta cada vez mais distante do meio corporativo, desmotivado para o trabalho, para o cumprimento de metas, gerando afastamentos e, consequentemente, demissões em massa.
Ora, mas a culpa por não suportar essas pressões é do colaborador?  Acredito que cada um tem o seu limite diante uma pressão vivenciada no trabalho.  Não podemos generalizar, afirmando que o empregador não pode cobrar o cumprimento de tarefas de seus colaboradores, mas devemos ficar atentos com a forma em que essas exigências vêm sendo impostas pelos mesmos.
Muitos empresários me questionam acerca da nova geração que não quer nada com nada, que não se preocupam em cumprir com seus compromissos e atingir suas metas.  Outro fator quue deve ser analisado é o comprometimento do colaborador com a empresa, porém não podemos exigir que o mesmo faça milagres diante situações diversas.
Em um caso trabalhista recente, uma advogada do Rio Grande do Sul, de 42 anos, afirmou que as dificuldades no trabalho se transformaram em sinais físicos. Funcionária de um grande escritório de advocacia, ela conta que o corpo e a mente, foram atingidos por causa da pressão psicológica. “O ambiente era muito hostil. Meu chefe gritava e tratava todos os funcionários mal”, lembra. “Comecei a vomitar todos os dias antes de ir trabalhar, perdi peso, tive furúnculos embaixo dos braços, espinhas e manchas na pele.” Suportou as agressões emocionais por oito meses, até que resolveu procurar um novo emprego.
Para José Atílio Bombana, coordenador do Programa de Atendimento e Estudos de Somatização, do Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), os sintomas de advogada  foram “reações de um organismo estressado”. “Submetidos aos ‘estressores’, que também podem ser a violência e o trânsito, cada pessoa tem uma maneira de reagir.”

Observar com atenção os sinais emitidos pelo corpo quando o emocional não vai bem é uma das recomendações do médico do trabalho Gilberto Archêro Amaral, diretor da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT). “Insônia, cansaço, desinteresse e diminuição do relacionamento com outras pessoas são sinais de sofrimento provocado pelo trabalho.”
Amaral ressalta, contudo, que “a todo momento o indivíduo sofre agressões”, de forma que o trabalho, em algumas situações, pode ser apenas mais uma delas. “Não podemos atribuir só ao trabalho o fato de um indivíduo adoecer. Os transtornos mentais são multifatoriais”, explica o médico.

O que devemos observar é que a estrutura interna de cada pessoa determina a maneira como ela reage ao estresse. Entre o trabalho e a doença, existem as características individuais que definem como será a reação do indivíduo. Algumas pessoas lidam bem com cobranças e até crescem quando são muito exigidas no trabalho.
Portanto, duas questões devem ser analisadas na relação de emprego: A primeira é com relação ao respeito por todo e qualquer colaborador; segunda questão vai de encontro com a característica individual de cada colaborador, onde a aceitação por pressões, cumprimento de metas, resultados é estritamente individual, cada qual suportando da sua maneira.
O importante é não deixar com que as pressões se tornem um desgaste físico e psíquico, ao ponto de causar traumas, doenças, afastamentos, gerando diversas consequências trabalhistas, tributárias e previdenciárias para empresa. 
Abraços a todos, bons estudos e excelentes resultados!!!
Junior

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